MAMOPLASTIA DE AUMENTO
Cirurgia da Mama
A colocação de próteses de mama é uma das cirurgias plásticas mais realizadas atualmente no Brasil e no mundo. As próteses de mama são preenchidas com gel de silicone coesivo e variam de volume e formato. A escolha da prótese depende daquilo que a paciente deseja e das características anatômicas do tórax da paciente.
As próteses de mama podem ser colocadas por meio de três incisões diferentes:
-
Periareolar – ao redor da aréola
-
Submamária – no sulco da mama
-
Axilar – (através da axila).
O plano de colocação das próteses pode ser embaixo da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral maior.
Cada método tem suas vantagens e desvantagens e sua escolha deve se definida após uma avaliação criteriosa da anatomia da mama e da qualidade da pele que sustentará a prótese.
Em mulheres que já amamentaram, ou que após emagrecerem, apresentam excesso de pele nas mamas é comum retirar-se a pele excedente para um bom ajuste da prótese e da posição da aréola. Quando retira-se a pele em excesso, as cicatrizes resultantes se assemelham às da mamoplastia redutora (em T invertido ou âncora).
Indicação
A mamoplastia de aumento, conhecida também como cirurgia de prótese de mama, é indicada para as pacientes com mamas pequenas ou que após amamentação tiveram grande redução do volume mamário sem que houvesse queda da mama. Este procedimento melhora o volume e projeção das mamas, propiciando melhor harmonia do contorno corporal e aumentando a autoestima das pacientes.


Idade
A mamoplastia pode ser realizada em qualquer mulher em idade reprodutiva e/ou após o completo desenvolvimento das mamas, que geralmente ocorre por volta dos 16 a 18 anos.
Duração da Cirurgia
Para maioria das pacientes de 1 a 2 horas. Quando há necessidade de retirar pele pode durar até 4 horas.
Anestesia
Pode ser peridural ou geral, damos preferência à peridural.
Tempo de Internação
Geralmente 24 horas se não houver intercorrências.
Pós-operatório
-
Alta hospitalar com dreno que permanecerá cerca de 3 a 5 dias;
-
Evitar esforços e manter-se com cabeceira elevada;
-
Não movimentar os braços em excesso;
-
Não deitar sobre as próteses por alguns meses;
-
Utilizar sutiã por 1 ou 2 meses;
-
Retorno às atividades rotineiras após 10 a 20 dias, porém ainda com restrições para atividades físicas mais vigorosas;
-
Exercícios leves com 30 dias, adiando para cerca de 3 meses atividades vigorosas como academia;
-
Evitar exposição ao sol por no mínimo 2 meses;
-
É normal ter inchaço e roxidão por 1 a 2 meses;
-
Inchaço menor persiste por até 6 meses ou mais;
-
A drenagem linfática com fisioterapeuta está indicada para a maioria dos casos de acordo com critérios médicos;
-
É importantíssimo que a paciente tenha uma alimentação enriquecida com muito proteína (carnes, ovos, leite), verduras e legumes;
-
É necessário aumentar a ingestão de líquidos ricos em sódio, potássio,cálcio, cloretos como sucos naturais, leite, água de coco, bebidas como Gatorade e outros.
-
O mais importante no pós-operatório é ter um contato direto com o cirurgião para quaisquer intercorrências, que quando ocorrem devem ser administradas e/ou resolvidas no tempo certo.
Cicatrizes
-
Na maioria das vezes pequenas cicatrizes – 4 a 6 cm (na axila, aréola ou no sulco submamário).
-
Se houver retirada de pele, como em pacientes com intensa flacidez, as cicatrizes podem ser maiores, semelhante ao que se faz nas mamoplastias redutoras.
Recuperação completa
-
Logo após a cirurgia já é possível notar-se a mudança;
-
Após um mês o edema e os roxos regridem bastante;
-
O resultado definitivo é alcançado após 1 ano;
Complicações/Riscos
Não só em cirurgia plástica, como em qualquer especialidade cirúrgica, as possibilidades de intercorrências devem ser conhecidas pelo paciente. Não há procedimentos cirúrgicos, assim como cirurgiões, com 100% de resultados excelentes e 0% de intercorrências/complicações. Por isso, o paciente deve ser previamente informado (verbalmente e por meio dos termos de consentimento) de que existem riscos e quais são eles.
Uma vez que decida passar pelo procedimento cirúrgico, é porque entende que os riscos são aceitáveis (na maioria das cirurgias os riscos são muito baixos de fato) e confia em seu cirurgião.
Importante lembrar que os órgãos reguladores (CRM, ANVISA, Ministério Público, entre outros) não permitem que cirurgiões executem procedimentos com riscos muito altos e que não sejam cientificamente comprovados como seguros.
Assim, é dever do cirurgião informar ao paciente que a literatura médica reporta riscos, baixos para a maioria dos procedimentos cirúrgicos, mas que não podem ser ignorados.
É dever do cirurgião é informar o seu paciente sobre possíveis intercorrências.
Segue abaixo um resumo do que o paciente deve saber:
-
São comuns as pequenas assimetrias da cicatriz, da posição e do volume das mamas;
-
A cicatrização pode evoluir com formação de quelóides, hipercromia e alargamento, que serão devidamente tratadas;
-
Pode ocorrer necrose de pele, infecção, seroma, extrusão da prótese, abertura dos pontos e da ferida, pneumotórax (por perfuração da caixa torácica), etc.
-
O encapsulamento da prótese (contratura capsular com dor) pode ocorrer muitos anos após a cirurgia;
-
Trombose venosa e embolia pulmonar;